segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eu e Rachel... [Parte 1]


Nessa primeira postagem, vem dedicar um merecido e modesto espaço para lembrar, e homenagear, uma das escritoras (ou jornalistas, como ela queria) mais ilustres do nordeste brasileiro, Rachel de Queiroz. Nascida em Quixadá, cidade do meu vizinho e "amigável" Ceará, essa Imortal pela Academia Brasileira de Letras, nasceu e viveu por muito tempo de sua vida, e mesmo indo passar alguns meses na cidade do Rio de Janeiro, tinha a necessidade de passar vários outros meses na sua casa do interior do Ceará.
Agora, o por quê do título?
A ignorância é a pior coisa que o homem pode possuir. E a humildade é a principal coisa, ou básica, para qualquer ser humano poder evoluir. Pois bem! Utilizando um pouco da minha humildade, e um pouco de sorte, dei um pontapé inicial para diminuir um pouco mais da minha ignorância.
Num tedioso sábado a noite, com o controle remeto da TV aberta na mão, tive o prazer de utiliza-lo para chegar até o canal educativo 'TV Escola', no qual acabara de iniciar um pequeno documentário sobre poetas brasileiros. E lá fui eu, para ampliar um pouco mais dos meus conhecimentos, fato esse que não me arrependo de realizar nunca mesmo que as vezes seja muito cansativo).
Pois é! É isso mesmo. Eu, um universitário, preste a me formar como um licenciado em História, não conhecia a escritora, poeta, jornalista, nordestina, Rachel de Queiroz.

Mas parei um pouco, e vi que tal nome não me era tão estranho assim... Utilizando um ferramenta que cada vez mais vem sendo utilizada pelos historiadores na construção histórica, procurei na minha memória de onde eu tinhas essas lembranças da Rachel, ou da Maria Rachel, como seus amigos, parentes e afilhados de fogueira a chamavam...
Lembro-me de quando tinha por volta dos meus QUINZE anos de idade, pois foi nessa idade que atentei para a real importância dos estudos e principalmente da leitura, que comecei a me criticar por não saber ler corretamente, ou normalmente, e, em uma rara visita a biblioteca da minha escola da época, eu encontrei dois livros. Um, foi o livro 'O Quinze' da nossa (agora) amiga escritora, do qual não dei muita importância e "taquei" de volta na prateleira. O outro é o 'Menino de engenho', do José Lins do Rego, que folheando, tive uma curiosidade em saber a continuação da narrativa que desde o início me fascinou. E hoje, pensando bem, acredito que foi desse livro que comecei a gostar de História, por me levar a um cenário do qual saltava sobre os meus olhos. Depois do inédito empréstimo na biblioteca da minha escola, pude ler esse livro e desejar quase que desesperadamente para saber o que iria acontecer naquela fazenda, com o menino Carlos (conhecidência?) sendo orfão de pai e de mãe. Peguei esse livro como MEU! Mais bem, deixemos José Lins do Rego para uma futura e breve postagem...

Após esse primeiro momento de "rejeição", quase 7 anos depois, reencontrei essa mulher, com uma história de vida fantástica, e com uma bibliografia que hoje farei questão de conhecer... E iniciarei com aquele que deveria ser o primeiro, O Quinze!



Vestígio de uma leitura: 'Rachel de Queiroz'

O quinze, romance (1930)
João Miguel, romance (1932)
Caminho de pedras, romance (1937)
As três Marias, romance (1939)
A donzela e a moura torta, crônicas (1948)
O galo de ouro, romance (folhetins na revista O Cruzeiro, 1950)
Lampião, teatro (1953)
A beata Maria do Egito, teatro (1958)
Cem crônicas escolhidas (1958)
O brasileiro perplexo, crônicas (1964)
O caçador de tatu, crônicas (1967)
O menino mágico, infanto-juvenil (1969)
As menininhas e outras crônicas (1976)
O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
Cafute e Pena-de-Prata(1986)
Memorial de Maria Moura (1992)
Teatro, teatro (1995)
Nosso Ceará, relato, (1997)
Tantos Anos (1998)
Não me deixes(2000)

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