quinta-feira, 17 de março de 2011

Medo do novo, saudades do que ficou distante...



De volta ao blog após um período de inúmeras mudanças em minha vida, e principalmente na minha mente que agora será exigida cada vez mais. Lendo o último post, é possível ver um cara tentando sair de um péssimo momento em que passava, com perguntas prontas a serem feitas e respostas prontas não respondidas. Hoje naturalmente todas as perguntas foram respondidas, todas as dúvidas foram sanadas. Hoje, novos problemas surgiram, mas menos dolorosos e mais amenos.
Os meus pensamentos vagam atualmente entre as lembranças dos que ficaram não para trás, mas que ficaram apenas mais distante fisicamente, junto com o que está por vir nesse lugar estranho, solitário e quente em que encararei como morada por um período.
Os últimos seis meses foram bastante intensos, bem vividos, proveitosos, satisfatórios e realizadores. Conheci quem me faz mais feliz, conclui a minha tão dedicada e suada graduação em História, tive o enorme prazer em ser professor de alunos que ficarão para sempre na minha memória, de colegas de trabalho que levarei para sempre, fui agraciado por Deus com uma aprovação em uma seleção de Mestrado, mestrado esse que não saia da minha cabeça desde a alguns anos atrás.
Pois bem, hoje é através desse mestrado que minha vida virou digamos que de lado (e não de ponta cabeça, pois não permito), mudei de cidade, daí surge os medos por coisas que nem sei bem o que serão, e como consequência me afastei de tudo que me faz bem (pois o que me fazia mal, e eu queria distância, agora já não faz nenhuma diferença). Posso agora, ter a certeza do significado da palavra saudade, essa coisa ao mesmo tempo simples mas também indefinida, seria um acumulo de amor, ou uma necessidade do outro ou de alguma coisa, ou mesmo seria aquilo que não enxergávamos pelo fato de sempre estarmos perto, ou seria simplesmente, saudades. O que é, já não sei bem, mas que cada vez mais aflora no meu coração, não saindo dos meus pensamentos.
Ao que me parece esse será um sentimento perseguidor em minha vida, pois pra quem deseja quase que desesperadamente ser um arqueólogo, e provavelmente sempre irá ao encontro do seu trabalho, e não ao contrário, tudo que plantei e cultivei parece sempre ter que ficar distante mesmo que seja por pouco tempo. Rezando encontrar tudo como deixei, nas minhas voltas para casa, para lar doce lar.
A questão no momento, é descobrir o que está por vir, como será a estadia nesta capital do Piauí, como serão os estudos, os textos lidos, não lidos, as produções, as viagens, a pesquisa, a dissertação!
Agora só me resta viver, amadurecer e fazer disso o meu futuro!